Nossa viagem partiu no final da tarde de Ushuaia, na Argentina e logo no segundo dia de navegação, pela manhã, nos preparamos para a primeira aventura: conhecer o Cabo Horn, o ponto mais extremo austral do nosso continente. Uma pequena ilha, lendária entre navegadores de todo o mundo, sendo o local onde as águas dos oceanos Pacífico e Atlântico se encontram. A história do Cabo Horn é marcada por lendas de centenas de marinheiros que enfrentaram suas águas em busca dos confins mais meridionais do planeta e da descoberta da Antártida.

Fiquei extremamente feliz por ter conseguido desembarcar, já que esta foi minha quarta tentativa e, finalmente, as condições climáticas estavam favoráveis. O clima do local é extremamente rigoroso, sendo necessário um dia perfeito para o desembarque, sem muito vento ou ondas. A temperatura estava em torno de 8°C, o que é praticamente um verão no Cabo Horn.

O Parque Nacional Cabo Horn surpreende pela grande diversidade de aves marinhas, incluindo o Petrel-Gigante, e por sua valiosa floresta subantártica, que cresce atrofiada para se adaptar aos ventos com força de furacão. O parque está localizado no Arquipélago Wollaston, no grupo das Ilhas Hermite, e faz parte da Reserva da Biosfera do Cabo Horn, declarada pela UNESCO.