Cusco, A Capital do Império Inca - Peru

O vídeo Cusco, A Capital do Império Inca – Peru faz parte da Série Viaje Comigo e vai levar você a conhecer mais sobre este maravilhoso destino.

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Depois de quase 30 dias percorrendo as estradas do centro-sul do Peru, a Família Goldschmidt chega agora a sua região mais famosa, Cusco. Esta cidade e toda sua redondeza foi há mais de 500 anos o coração do império Inca. Nesta reportagem vamos descobrir sua história, visitar seus atrativos e explorar suas ruínas.

 

Depois de quase 30 dias percorrendo as estradas do centro-sul do Peru, a Família Goldschmidt chega agora a sua região mais famosa, Cusco. Esta cidade e toda sua redondeza foi há mais de 500 anos o coração do império Inca. Nesta reportagem vamos descobrir sua história, visitar seus atrativos e explorar suas ruínas.

 

A cidade de Cusco hoje tem mais de 300 mil habitantes e é um dos locais mais visitados por turístas em todo o país. No entanto, este fluxo de pessoas não é uma novidade. Durante centenas de anos, esta cidade foi o centro do Império de Tawantinsuyu, palavra Quéchua que siginifica “as quatro regiões”. Assim era conhecido o império que por mais de 100 anos dominou boa parte da costa oeste da América do Sul.

 

Cusco, sua capital, era o centro político e religioso e daqui saiam dezenas de caminhos para os mais distantes recantos do reino. Em 1.532, o conquistador espanhol Franscico Pizzaro invadiu e saqueou a cidade, destruindo as bases do império.

 

No entanto, muitos templos e palácios foram preservados e a história da civilização Inca, mesclada com a da conquista espanhola, pode ser vista ainda hoje nas construções, nos mercados e nos costumes da população cusquenha. Visitar esta cidade é viajar no tempo. É mergulhar em uma cultura que foi repassada de pais para filho por vários séculos.

 

Podemos dizer com segurança que os lugares mais emblemáticos de Cusco são dois templos: O de Koricancha é um deles. Este era o mais importante templo de todo império e nele eram aplicados todos os conhecimentos de matemática, física e astronomia que a civilização possuía. Seus muros eram cobertos de ouro e seu jardim era permeado de estátuas em tamanho natural representando pessoas, animais e plantas. Todas em ouro e prata. Com a chegada dos espanhóis o templo foi saqueado. Sobre suas paredes foi erguido um monastério em honra a São Domingos. Os invasores transformaram os templos em capelas e destruíram muitas de suas paredes. Hoje, as ruínas restantes e as fundações do templo, ainda permitem admirar todo o gênio destes hábil povo.


Na verdade, muitos edifícios de Cusco estão construídos sobre alicerces Incas. Os espanhóis logo perceberam que quando aconteciam tremores de terra, a arquitetura colonial vinha abaixo, enquanto as paredes Incas ficavam intactas. Então, os espanhóis começaram a usar as bases de templos e palácios para construir suas igrejas e casas. A Catedral de Cusco, outro ícone da cidade, é um exemplo dito. Só que aqui eles foram mais longe. Destruíram o Palácio de um rei Inca e depois usaram as pedras na Catedral. A riqueza desta igreja demonstra bem a quantidade de ouro e prata existentes na capital do império. Dentro dela podemos admirar enormes altares de ouro, prata, pedra e madeira, além de  centenas de quadros da escola de arte cusquenha.  É interessante também observar o sincretismo que houve entre a religião andina e o catolicismo. Muitas divindades Incas estão representadas em figuras de santos católicos. Em um dos quadros mais famosos da catedral, a Santa ceia, existem incluídos entre Jesus e os apóstolos, vários motivos indígenas como a constelação do Cruzeiro do Sul (sagrada para os Incas) e sobre a mesa um Cuy (porquinho da Índia), iguaria da região.


A praça da catedral, conhecida como Plaza de Armas é o centro da vida na cidade, cercada de restaurantes e agências de turismo. Logo atrás da Catedral começa o bairro de San Blas, considerado o reduto dos artesãos de Cusco. É um bairro antigo, formado por um labirinto de pequenas e acidentadas ruas, repletas de pequenos cafés, restaurantes descolados e lojas de arte e artesanato. Outro lugar muito visitado é o Mercado de Cusco. É um ótimo lugar para se conhecer o povo e seus costumes e ver o que comem, bebem e vestem. Também é um dos melhores lugares para se comprar artesanato e roupas de lã, normalmente mais barato que nas lojas do centro da cidade.

 

A cidade tem vários museus que exibem tanto arte cusquenha, como arte moderna. No entanto, para se conhecer melhor a cultura Inca e apreciar sua herança, sugiro visitar o Museu Inca, localizado próximo a praça principal. Ali, estão expostas de modo claro e cronológico toda a história desta civilização que foi considerada a maior da Américas.

 

A cidade Cusco está localizada bem no meio de um vasto sítio arqueológico, repleto de fortaleza, templos e palácios. Se houver tempo, vale à pena visitar cada um deles. Os principais são:

Saksawaman.

Este complexo religioso foi construído no alto de uma montanha, ao lado da cidade. Cusco, durante o Império Inca, tinha um plano urbano na forma de um Puma, animal sagrado da trilogia Inca (veja abaixo). A Avenida do Sol era a calda, o templo de Koricancha os órgãos genitais (fertilidade), a Plaza de Armas era o coração (poder) e Saksawaman era a cabeça. Estas ruínas chamam a atenção pelas gigantescas pedras cortadas com precisão, alguma com mais de10 metros de altura. Também existem 12 portas de pedra, praças e escadarias.  Na parte de trás das ruínas, perto de um anfiteatro encontramos algumas pedras que formam um escorredor natural e vários tronos escavados na rocha.


Qenqo (Quenco).

São as ruínas de um centro cerimonial, formado por labirintos (significado do seu nome) e grutas escavadas na rocha. Neste lugar se preparavam sacrifícios e as mumificações.
Puka Pukara.
O nome significa Fortaleza Vermelha. Era um posto de observação e controle para quem chegava à capital do império.

Tambomachay.

São as ruínas de um posto de controle, dedicado à água. As suas fontes e cascatas derramam água fresca sem interrupção há cinco séculos, sempre na mesma quantidade. Até hoje não se sabe a origem precisa desta água que é trazida por meio de aquedutos subterrâneos desde o alto de alguma montanha.


Pikillacta

Localizada à uma hora de Cusco, encontramos estas ruínas de uma cidade pré-inca pertencente à civilização Wari. Datada do século IX d.c., estas ruínas impressionam pelo seu tamanho e complexidade. Existiam ali mais de 10 mil casas, divididas em bairros fechados por muros, cada bairro com uma única entrada. Muitas das casas tinham dois ou três andares com pisos e paredes cobertos com barro queimado e gesso.


Tipon

Neste sitio arqueológico encontramos um conjunto de terraços agrícolas construídos durante o império Inca e preservados até hoje. É o único lugar onde se podem ver os canais hidráulicos em pleno funcionamento. O nome Tipon vem do Quéchua “Tinpuy”, que quer dizer, ferver. Uma referência às nascentes de água que borbulham no alto da montanha.

 

Podemos dizer que Cusco é uma cidade-museu. Não  só pela suas construções e ruínas, mas principalmente pela sua cultura e população. Aqui as heranças Incas estão presentes no dia a dia das pessoas e conhecê-las é um grande privilégio. Cusco também é o ponto de partida para quem deseja conhecer o Vale Sagrado e as ruínas de Machu Picchu. Mesmo assim, eu recomendo que você não a use apenas como ponto de parada e sim, separe de 2 a 4 dias para descobrir suas riquezas. Tenho certeza de que você não irá se arrepender. Boa Viagem!

 

* Trilogia Inca
A trilogia Inca é composta de três divindades: O Condor que domina o céu é a região dos deuses. O Puma, senhor da terra em que vivem os homens. E finalmente a serpente, a rainha das regiões inferiores onde estão os mortos. São considerados animais sagrados e estão representados em estatuas, decorações, relevos e pinturas. A Cruz Andina, inspirada no Cruzeiro do Sul tem três degraus de cada lado, representando cada um destes animais ou reinos.

 

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