Conheça a Turquia

A Turquia como república foi fundada em 1923, mas sua história começa em um passado muito, mas muito mais distante: com a civilização Hitita, 1.500 anos antes de Cristo. A cidade de Istambul já foi capital de vários reinos e impérios e já chegou a se chamar Bizâncio, Nova Roma e Constantinopla. A maior parte de seu território está sobre a península de Anatólia, banhada pelos mares Mediterrâneo, Egeu, Negro, entre outros. Sua paisagem é bem variada, com diversos atrativos naturais e lindas paisagens.

 

Hoje, a nação Turca é uma república laica composta de aproximadamente 78 milhões de pessoas. A religião predominante é a muçulmana, mas existem grandes grupos de cristãos e judeus. Sua política tem fortes laços tanto com o Ocidente, através da Otan e da União Européia, como também com o norte da África e com o Oriente, através da Organização da Conferência Islâmica. Devido a sua posição estratégica, com seus territórios parte na Europa e parte na Ásia, a Turquia consegue aproveitar o melhor dos dois mundos. É um país com uma herança histórica e cultural milenar.

 

Desde 2010, quando a Turkish Airlines passou a voar direto de São Paulo a Istambul, ficou muito mais fácil chegar até a Turquia. Os turistas brasileiros chegaram com tanta força que, só em Istambul, já há algumas dezenas de guias especializados em turistas brasileiros, que falam um português fluente recém-aprendido. Além disso, a Turquia possui boa infraestrutura turística e segurança. O sucesso turco entre nós é fácil de entender: seu povo é afetuoso e receptivo – o que torna a viagem uma experiência humana inesquecível, sua comida é deliciosa – um pouco parecida com a comida árabe à qual estamos acostumados, um legado cultural de quem já foi o umbigo do mundo e uma das paisagens mais exóticas e desconcertantes do planeta – a Capadócia.

 

Ankara

Ankara é a capital da Turquia e a segunda cidade mais populosa do país. É também sede do parlamento turco, ministérios e embaixadas diplomáticas estrangeiras. Foi escolhida por Atatürk (primeiro presidente da Turquia) para ser a capital da república por questões estratégicas de segurança. Localizada a 850 metros de altitude, é um dos lugares mais secos da Turquia; neva no Ancarainverno e os verões são bastante quentes, já o período de chuvas acontece no outono e primavera.

 

Com mais de 6 milhões de habitantes, é muito diferente das demais, pois mistura todo o dinamismo de uma capital política com a tradicional forma de viver das pessoas do interior. Em geral, todos são agradáveis e simpáticos. Ankara não é propriamente uma cidade turística, mas é importante especialmente sob o aspecto cultural. A cidade tem algumas atrações turísticas, sendo que as duas principais têm uma importância relevante na história da Turquia moderna e também da humanidade, e merecem ser visitadas.

 

Museu da Anatolia (ou Hitita): Localizado num antigo Bazar Otomano, o Museu das Civilizações da Anatolia tem um acervo incrível sobre a história dos povos que viveram na Ásia Menor através dos tempos. Devido a sua geografia e clima ameno, a Anatolia era um caminho natural para as migrações e conquistadores vindos da Ásia em direção ao ocidente. Talvez por isso os turcos tenham uma miscigenação tão forte de tantas raças e etnias. É possível encontrar artefatos que remontam desde o Paleolítico, passando pelo Neolítico, Colonização Assíria, Hititas, Frígios, Lídios e período Urartu.

Algumas curiosidades sobre o museu:

– A primeira moeda da história foi cunhada pelos Lídios. No museu há exemplares desta época.

– O afresco com a mais antiga paisagem do mundo – encontrado na antiga cidade neolítica de Çatalhöyük – encontra-se no museu.

– Os restos mortais do Rei Midas e parte do seu tesouro encontram-se no museu. Midas foi um rei frígio (povo que habitou a Anatolia por volta de 1.200 a.C.), cujo governo alcançou enorme prosperidade graças às minas de ferro e ouro.


Mausoléu de Atatürk:
Uma visita ao Mausoléu de Atatürk é fundamental para entender a importância deste homem para os turcos – ele é o maior herói nacional da Turquia. O mausoléu consegue ser mais monumental que as tumbas dos sultões em Istambul, e dentro dele há ainda o Museu da Guerra da Independência, onde se pode ter uma idéia das batalhas comandadas por Atatürk para reunificar a Turquia após a 1ª Guerra Mundial e implantar a República em 1923.

Capadócia

Localizada na Anatólia Central, a Capadócia é uma região que variou de tamanho nos últimos quatro mil anos. Hoje pode-se dizer que sua aérea corresponde a um triangulo equilátero com aproximadamente 20 quilômetros de cada lado. A sua principal cidade é Capadocia Nevsehir, mas pequenas vilas como Göreme, Avanos e Ürgüp, além da própria Uçhisar, são as mais procuradas pelo turismo por estarem bem próximas aos principais atrativos.

 

A Capadócia é famosa por sua formação geológica. Há muito tempo os vulcões (hoje inativos) cobriram a região com “tufo”, um cimento formado por cinzas e água que é muito poroso, leve e maleável. Depois disto, o vento e a chuva fizeram um fantástico trabalho de erosão esculpindo a rocha e criando cones e monolitos de pedra. Como a rocha era facilmente escavada, os homens começaram a escavar cavernas e viver nelas. Inclusive, várias destas cavernas foram convertidas em hotéis maravilhosos e hospedar-se em um deles é vivenciar uma experiência muito exótica e agradável.

 

Vale de Passabag: Podemos dizer que as formações mais impressionantes estão neste vale, onde encontramos as Chaminés de Fadas. Trata-se de cones desgastados pela erosão com o topo (ou chapéu) de rocha basáltica. Andar por ali o faz sentir-se em outro planeta!

 

Kaymakli: Nos tempos de guerra ou perseguição religiosa, os antigos habitantes da Capadócia   recorreram à mesma técnica de escavação para se proteger, só que desta vez debaixo da terra. Existem cerca de 10 cidades subterrâneas, muitas delas construídas ainda no século V. Kaymakli é uma delas, com 6 níveis abaixo da superfície. As casas, cozinhas e depósitos são interligados por um sistema de túneis com dezenas de quilômetros, um verdadeiro labirinto difícil de ser detectado ou atacado pelos inimigos. Para suprir oxigênio e água, eram cavados grandes poços verticais.  A água vinha do fundo, enquanto o oxigênio entrava pela parte superior. Com certeza um grande feito da engenharia produzido com ferramentas rudimentares e muita vontade de sobreviver.


Uçhisar:
Aqui é possível encontrar várias destas casas escavadas na rocha ainda habitadas e em perfeito estado de conservação. Muitas delas foram transformadas em cafés e pequenos negócios. Pelas leis atuais podem ser habitadas, mas não alteradas. Os moradores tem que se adaptar ao desenho original feito há centenas de anos. O Castelo de Uçhisar é a mais alta formação rochosa da Capadócia e é um dos pontos turísticos mais visitados na região. É possível subir a montanha, mas a subida é íngreme e aconselhada apenas para quem estiver com bom preparo físico.

 

Göreme: Localizado em um vale no município de Nevsehir, o museu a céu aberto de Göreme foi reconhecido em 1985 pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Abriga um grande número de igrejas, refeitórios e salas de reuniões escavadas nas rochas entre os séculos VI e XII. No início do cristianismo, este lugar foi convertido em uma grande escola religiosa e suas escarpas  estão repletas de mosteiros, conventos, capelas e igrejas. A mais impressionante e conservada é a Igreja Escura (Karanlik Kilise). Sua capela está totalmente coberta por afrescos sobre Jesus, os apóstolos e outros personagens bíblicos. As pinturas são belíssimas e, apesar de terem sido feitas há muitos séculos, ainda conservam vivacidade e cor originais.

 

Vale Derbent: Este vale estende-se entre os povoados de Avanos, Zelve e Ürgüp, conhecido também como Vale Rosa pela cor rosada de sua rocha vulcânica.


Passeio de balão:
Certamente a melhor e mais impressionante forma de ver a Capadócia. Gigantescos balões com capacidade para cerca de 22 passageiros o levarão para esta experiência inesquecível sobrevoando imensas formações rochosas, vales profundos e pequenas vilas. As empresas oferecem um sobrevoo de uma hora, subindo e descendo várias vezes, ora voando rente ao chão, ora a mais de 400 metros de altura. O vôo de balão é silencioso, pacífico e tranqüilo, você aproveitará cada minuto da viagem.

 

Artesanato: Na Capadócia são produzidos artigos em pedra (Onix), madeira e cerâmica, rica em detalhes e muito colorida. É possível também visitar a fábrica Avanos Hasi, onde tapetes são feitos a mão por centenas de artesãs que trabalham na forma de cooperativa. Os tapetes podem ser feitos de lã, lã com algodão e seda. Estes últimos são os mais caros, pois tem uma trama mais fina e portanto, demoram mais tempo para serem produzidos. Um tapete de 2 metros quadrados de lã leva cerca dois meses de trabalho, enquanto outro com o mesmo tamanho feito com seda, demora quase um ano para ficar pronto.
No caminho entre a Capadócia e Konya, vale a pena conhecer a fortaleza de Sultan Han, que fazia parte das Kervansaray (Palácio da Caravana). No século XIII, o império Seljúcida construiu uma série de fortalezas ao longo da Rota da Seda, uma rota comercial que ligava a China a Bursa, próxima ao Bósforo. Estas fortalezas eram usadas no tempo de paz como hospedaria,  restaurantes e hospitais, fornecendo proteção e alimentação gratuita as caravanas que percorriam este caminho. Era uma espécie de incentivo do governo para os que decidissem comercializar nas terras do império. Nos tempos de guerra, estas fortalezas recebiam os soldados prontos para defender o imperador.

 

Konya

Konya é a capital religiosa do país. A cidade é ampla, com ruas largas e muitos parques. Por ser um importante centro religioso, Konyaestá repleta de mesquitas.
Seu lugar mais visitado é o museu-tumba do filósofo e poeta Mevlana. Nascido no século XIII, Mevlana produziu uma grande obra composta de poesias e idéias sobre o amor de Deus e a vida. Seu livro mais conhecido chama-se Mesnevi e suas idéias tiveram grande impacto dentro do islamismo Sufi. Seus seguidores fundaram a seita dos Dervixes, conhecidos por dançarem a Semá. Nesta dança, os homens vestidos com saias brancas giram em torno de si mesmos em uma espécie de transe. Segundo eles, através dos giros, eles podem entrar em sintonia com o universo.

 

Bursa

Bursa, também conhecida como “Prusa” está localizada no noroeste Turquia, na região de Mármara (margem oposta a Istambul). É famosa por suas estações de esqui no maciço de Uludag, pelos mausoléus de sultões otomanos e pela planície fértil que a rodeia. Alguns dos pratos mais conhecidos da culinária turca são originários dali: as sobremesas (especialmente com castanhas) e um prato de carne assada em um espeto, chamado “İskender kebap”.

 

Uludag: Localizado 36 quilômetros ao sul de Bursa, é um dos principais centros invernais da Turquia. Sua rica flora e fauna o converteram também em Parque Nacional, onde no verão pratica-se trekking e é possível acampar. Conhecida como Olympos Misios na antiguidade, conta a mitologia que este foi o local de onde os deuses assistiram à Guerra de Tróia. Hoje, há projetos para ampliar a atual infraestrutura do complexo.

 

Museu de Ataturk: O prédio está localizado na Cekirge Avenue e sua construção remete ao final do século XIX. Foi um presente da prefeitura de Bursa a Ataturk em sua segunda visita à cidade (1923), passando a ser o local onde ele se hospedaria sempre que ali estivesse. No 50º aniversário da república, o prédio foi transformado em museu e aberto ao público. Entre as instalações é possível conhecer o quarto onde dormia Ataturk, a maioria dos móveis é original do período em que ele utilizou o prédio.

 

Green Shrine (Mequita Verde): Bursa foi a primeira capital do Império Otomano e por isso está repleta de mesquitas que datam dos séculos XIII e XIV. A Mesquita Verde é a maior de Bursa e é parte de um complexo otomano do século XV, que abriga também uma tumba e uma “medrese” (escola de teologia).

 

Trabzon

Trabzon é o maior porto da costa do Mar Negro. Graças ao movimento que por ali passa, especialmente no caminho para a Georgia e outros portos do Mar Negro, a cidade vem ganhando um ar cosmopolita. Entre suas principais atrações podemos destacar Hagia Sofia, o Mosteiro de Sumela, antigas casas e mesquitas espalhadas pela cidade.

 

Hagia Sofia: Igreja medieval com impressionantes afrescos bizantinos que retratam o Novo Testamento, construída entre 1238 e 1263. Depois que Mehmed II conquistou a cidade, em 1461, a igreja foi convertida em uma mesquita. Durante o breve período em que a cidade estava nas mãos da Rússia durante a Segunda Guerra Mundial, o local foi usado pelas forças armadas russas como hospital e depósito. Entre 1958 e 1964, foi restaurada com a ajuda da Universidade de Edimburgo.

 

Mosteiro de Sumela: Localizado a 70 quilômetros de Trabzon (por volta de 1h30 de carro), o Mosteiro de Sumela ou Mosteiro de Meryem Ana (Virgem Maria) data do século XIII e está em um penhasco íngreme. Foi construído a 300 metros de altitude do vale e segue a tradição de mosteiros construídos fora das cidades nas florestas, cavernas e próximas a fontes de água. Foi fundado em homenagem à Virgem Maria e acredita-se que seu nome vem da palavra “Melas” que significa “o preto” ou “montanhas pretas”, onde foi construído. Um lugar impressionante e considerado Patrimônio Histórico Mundial pela UNESCO.

 

Pamukkale e Hierápolis

Pamukkale Chegar em Pamukkale é um visão fantástica. A primeira coisa que se vê, desde grande distância, são as encostas da montanha totalmente brancas, como que cobertas de neve. O nome Pamukkalle quer dizer “Castelo de Algodão”. Mas o que cobre toda a montanha não é neve, nem algodão, mas sim cálcio – mais precisamente carbonato de cálcio. As águas termais que brotam do fundo da montanha trazem consigo uma grande quantidade deste mineral. O cálcio que desce com a água se solidifica e forma piscinas naturais. Caminhar através de suas águas mornas é um dos passeios mais interessantes na Turquia. É um lugar único!

 

Esta paisagem surreal e as fontes de águas termais logo atraíram muitas pessoas que passaram a viver nos arredores de Pamukkale. No século II a.c, o rei de Pérgamo fundou no topo da montanha a cidade de Hierápolis, que logo cresceu com a fama de ser um lugar de cura para várias doenças através das águas medicinais. Por estar em uma zona de terremotos, a cidade foi destruída e reconstruída várias vezes, até ser finalmente abandonada no século VIII. As ruínas de Hierápolis se espalham por uma grande área que hoje é protegida pelo governo, mas aberta à visitação. Uma de suas atrações mais famosas é o túmulo do apóstolo Felipe. Sua Necrópole é a maior da Anatólia, com mais de 12 mil tumbas. Outros lugares bem preservados são a casa de banho, latrinas, o templo de Apolo e o anfiteatro. Neste último, devido a sua excelente acústica e visão panorâmica de toda a região, ainda são realizadas apresentações musicais em datas especiais.

 

Se você pretende visitar a região de Pamukkale, a dica é ficar pelo menos um dia inteiro (duas noites). Além das ruínas e das piscinas de cálcio, existem várias outras fontes termais onde é possível nadar e relaxar depois das caminhadas. A principal delas fica dentro das próprias ruínas, conhecida como Piscinas Antigas (Antigue Pools). No fundo da piscina encontram-se colunas e objetos pertencentes à decoração original do lugar. Aqui você pode, literalmente, dar um mergulho na história.

 

Afrodisias

No caminho entre Pamukkale e Kusadase (aprox. 90 minutos de Pamukkale) há um impressionante sítio arqueológico que vale uma visita: as ruínas da cidade de Afrodisias. A cidade tem este nome porque nela havia um importante (e grandioso) templo dedicado à deusa grega Afrodite, a deusa do amor, da beleza e da sexualidade. Afrodite era uma entidade adorada desde o antigo Egito com o nome de Ishtar, que depois foi adorada também pelos romanos com o nome de Venus (sim, a mesma Venus de Milo, estátua exposta no museu do Louvre).

Por ser a cidade da deusa da beleza, muitos artistas de todo o império foram morar ali. Inclusive, havia em Afrodisias uma escola de arte. Isto, somado a uma mina de mármore que oferecia matéria prima de qualidade e em quantidade, resultou em uma obra artística vasta e impressionante.

As esculturas estão por toda a cidade, as colunas são ricamente adornadas e o mármore cobre quase todos os principais edifícios. O lugar impressiona por sua beleza, conservação e grandeza. Um dos lugares mais belos da cidade é o Boleonterion, uma sala de conselho em forma de semicírculo, toda decorada em mármore com diferentes tons. Outro lugar importante é o próprio templo de Afrodite. Embora parcialmente destruído, ainda transmite muito de sua grandiosidade original. Sua entrada, o Tetrapylon, é um dos prédios mais importantes e bem restaurados do complexo. Quando vier conhecer esta cidade, não deixe de conhecer também o estádio, onde aconteciam as corridas e algumas lutas entre gladiadores.

 

Kusadase e Éfeso

Kusadase foi fundada pelos jônicos no século XXI a.C. e posteriormente dominada e ampliada pelos romanos. Os atrativos, porém, estão localizados nas proximidades, o que faz de Kusadase ponto de partida para conhecer:

Éfeso: Localizada a apenas alguns quilômetros de Kusadase, esta antiga cidade foi citada várias vezes no Novo Testamento, à qual  EfesoPaulo dedicou uma de suas epístolas (Carta aos Efésios). A cidade grego-romana já foi uma das maiores e mais importantes do mundo, e suas ruínas são bem grandes e ainda estão sendo estudadas. Éfeso foi um importante porto comercial onde viveram grandes filósofos e pensadores. A fachada de sua Biblioteca ainda está de pé e é um dos cartões postais da cidade. O Teatro também impressiona por sua grandiosidade, foi um dos maiores da sua época, com capacidade para mais de 25 mil pessoas. As arquibancadas ficavam de frente para o mercado, o porto e o mar. Um fato interessante é que nos últimos dois mil anos, toda a região do porto foi assoreada e o mar recuou cerca de oito quilômetros. A perda do acesso fácil ao Mar Egeu contribuiu para declínio da cidade no século VIII.

Perto das ruínas de Éfeso ficava uma das sete maravilhas do mundo antigo, o Templo de Artemis, a deusa romana da caça, da infância e da virgindade. O templo foi totalmente destruído no século V, mas seu lugar é marcado por uma única coluna que permanece em pé. Uma réplica do templo e várias estátuas de Artemis podem ser vistas no Museu de Éfesos, que fica na cidade de Selçuk (próximo à Basílica de São João).


Casa da Virgem Maria:
Esta é a casa onde, segundo a tradição, morou Maria mãe de Jesus com o apóstolo João, após a morte de seu filho. O local ficou despercebido até 1881, quando um padre francês descobriu as ruínas da casa que hoje é visitada por turistas do mundo todo. Não há nada que comprove que Maria viveu mesmo no local, porém, alguns papas que conheceram a casa certificaram a santidade da construção. Os turistas aproveitam para visitar a casa (que mais parece uma pequena capela), beber águas de fontes que acreditam ser milagrosas e fazer pedidos, promessas ou agradecimentos em papéis que preenchem uma parede externa do local. Está decorada com uma grande imagem de Maria e vários desenhos e relíquias, o lugar é muito bonito, no alto de uma montanha repleta de bosques.

 

Basílica de São João: Outro atrativo interessante, porém menos concorrido. Foi nesta região que o apóstolo de Jesus passou seus últimos anos, depois da sua prisão na ilha de Patmos (ali perto). Seu corpo foi enterrado sob uma imensa igreja construída em sua homenagem. A igreja está em ruínas, mas vale uma visita.

 

Vila de Sirinci: Sirinci é um pequeno povoado próximo a Éfeso, aparentemente habitado por gregos antes da nova ocupação. Está localizado no alto de um morro e as ruas são de paralelepípedos. Há um pequeno mercado e não parece ser muito turístico.

 

Riviera Turca – Bodrum

O trecho costeiro entre Bodrum e Antália é conhecido como Riviera Turca, com muitas cidades, baías e enseadas, uma paisagem linda. Pode ser visitada de carro ou em barcos que partem de Bodrum em cruzeiros de 5 a 7 dias.

A baia de Bodrum é o local onde se encontram os mares Egeu e Mediterrâneo. Bodrum é a antiga Halicarnasso, cidade natal de Heródoto, um dos maiores historiadores da antiguidade. No início da década de 70, sobre as antigas ruínas de Halicarnasso, onde havia uma pequena vila de pescadores, iniciou-se a construção da nova cidade. Bodrum transformou-se numa das maiores atrações turísticas do país. É incrível a variedade de produtos que podem ser encontrados nas pequenas lojas de ruas estreitas e paredes brancas. Entre os encantos de um dos portos históricos mais importantes, estão as águas turquesa de suas praias, com esponjas coloridas de todas as formas e tamanhos. A noite de Bodrum é uma das mais animadas da Turquia, as casas noturnas ficam abertas até o amanhecer e são frequentadas por turistas de todo o mundo, principalmente da Europa Ocidental.


Mausoléu de Halicarnasso:
Monumento construído nesta cidade no século IV d.C e que entrou para a lista das sete maravilhas do mundo antigo. Abriga os restos mortais de Mausolo, um rei provinciano do império persa. A estrutura foi desenhada pelos arquitetos gregos Sátiro e Pítis e tinha aproximadamente 45 metros de altura. Cada um de seus quatro lados foi adornado com relevos criados quatro escultores gregos — Briáxis, Escopas de Paros, Leocarés e Timóteo.

 

Castelo de São Pedro e Museu de Arqueologia Submarina: Foi construído em 1420 pelos Cavaleiros de São João de Jerusalém. Após um ataque sofrido em 1522, o castelo foi reparado com materiais provenientes do Mausoléu de Halicarnasso. Em 1962 o governo turco decidiu transformar o castelo em museu para abrigar as numerosas descobertas feitas no Mar Egeu, tornando-o Museu de Arqueologia Submarina.

 

Riviera Turca – Antália

Capital da Província de Antália, esta cidade está localizada no sudoeste da Turquia, na região do Mediterrâneo. Nesta área encontram-se vestígios das civilizações hitita, frígia, lídia, persa, grega, romana, bizantina, seljúcida e otomana.

A 300 km de Istambul – o que para nós brasileiros é uma distância muito pequena – chegar à Antália por terra é bastante atraente, uma vez que as estradas são ótimas. O aeroporto por sua vez recebeu há pouco tempo um novo terminal e é um dos mais utilizados do país. O porto da cidade recebe embarcações do mundo inteiro. De lá, também podem ser feitas excursões para Pamukkale e para a Capadócia.

Os importantes sítios arqueológicos de Antália atraem muitos turistas, mas o fato de ser o centro da Riviera Turca é que faz da cidade e região um dos pontos turísticos mais importantes e visitados do país. Com verões quentes e secos, a temperatura pode chegar a 40 ºC. Em média, a Antália tem 300 dias de sol por ano. Isso ajudou a atrair grandes investimentos na área do turismo e muitos hotéis foram construídos nesta região.

Rodeada de montanhas, a cidade é construída sobre falésias à beira-mar. Também possui lindas praias, como a Praia de Lara, repleta de diversões aquáticas para os visitantes. Seu centro histórico – Kaleiçi – possui ruas estreitas, com casas tradicionais gregas e turcas; além de hotéis, bares, lojas, casas noturnas e restaurantes. A cidade também proporciona diversos espetáculos e exposições ao ar livre em sua principal praça – Cumhuriyet Meydan. A Porta de Adriano é outra atração e foi construída no século II d.C. em honra a este imperador romano que visitou a cidade em no ano 130.

Você poderá admirar as ruínas do teatro greco-romano de Aspendos, considerado um dos mais bem preservados da antiguidade. É sede de um Festival Anual de Opera e Balé desde 1994, com participações internacionais e uma audiência que chega às 10.000 pessoas. Aspendos foi também uma das primeiras cidades a cunhar moedas.

As ruínas de Perge,antiga cidade grega e capital da Panfília, constituem hoje um grande sítio arqueológico localizado a 15 km de Antália. Nela se encontra uma acrópole que remonta à Idade do Bronze. Durante o período helenístico, Perge foi uma das cidades mais ricas e belas da antiguidade, famosa por seu templo de Artemis.

Além da linda costa, outra beleza natural são as cachoeiras de Karpuzkaldiran e Duden. Situadas a alguns quilômetros de Antália, partem do cume do Monte Taurus para desaguar no mar. A de Duden é a mais importante e divide-se em duas: Yukari e Asagi.

 

Esmirna e Pérgamo

Izmir (Esmirna, Smyrna) é uma cidade portuária situada na região ocidental da Anatólia. Possui a terceira maior dimensão do país e, apesar de ser uma cidade muito frequentada por turistas no verão (pelas suas belas praias do Mar Egeu), o turismo ainda não é a indústria determinante da economia da cidade. A seda, o algodão, os tecidos e os tapetes são a sua principal fonte de renda, e o porto de Izmir é um dos principais da Europa. A cidade serve de base para conhecer as ruínas de Pérgamo e o templo de Esculápio.

Pérgamo: As ruínas de Pérgamo ficam no alto de uma montanha (Acrópole). Esta foi a principal cidade do reino grego de Pérgamo e é muito conhecida por várias razões. Primeiro porque é uma das sete cidades (igrejas) citadas pelo apóstolo João no livro do Apocalipse. Também porque possuía a segunda maior biblioteca do mundo antigo, com mais de 200 mil volumes – só perdia para a Biblioteca de Alexandria. Por causa desta disputa, o Egito restringia o envio de papiros para Pérgamo, o que fez com que os habitantes da cidade desenvolvessem um novo tipo de material para escrever seus livros. Este novo material era feito com pele de cabra curtida e foi batizado de pergaminho. Por ser mais resistente e durável, o novo “papel” logo ganhou fama e mercado. Na cidade de Bergama (Pérgamo), existem alguns lugares onde é possível comprar pergaminhos (sugestão: loja “Pergamon Parchment”).


Santuário de Esculápio:
As ruínas do Santuário de Esculápio estão localizadas próximas a Pérgamo. Esculápio era o deus grego da cura. Para o seu templo eram trazidos doentes que ali permaneciam deitados e dormiam o mais que podiam. A crença era que Esculápio os curava durante o sono, ou enviava mensagens de como determinada doença poderia ser vencida. Os templos de Esculápio deram origem aos atuais hospitais, aonde as pessoas também chegam para serem curadas. O símbolo de Esculápio – uma serpente enrolada em um bastão – ainda é usada como símbolo de cura e pode ser encontrada na bandeira da Organização Mundial de Saúde.

 

Tróia – Çanakkale

Troia A cidade de Çanakkale, localizada às margens do Estreito de Dardanelos, serve de base para visitar as ruínas de Tróia.

Até pouco tempo atrás, sua existência era apenas um mito. Somente no final do século IX, com a descoberta do sitio arqueológico de Tróia, é que esta cidade imortalizada por Homero no clássico “A Ilíada” ganhou contornos de realidade. No livro, Tróia foi o palco de uma lendária batalha contra os Gregos, depois que um dos seus príncipes raptou Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta. O nome Ilíadas vem do nome grego para Tróia, Ilios.

As ruínas não são muito grandes e ainda há muito que ser escavado. Na verdade, no sitio arqueológico há vestígios de nove cidades de Tróia, uma construída sobre a outra. O estrato mais antigo remonta a 2.500 a. C. e o mais recente ao império Romano. É possível caminhar por todas estas ruínas. Há também uma réplica do famoso Cavalo de Tróia, supostamente usado pelos Gregos para conquistar a cidade. Outro cavalo está no centro da cidade de Çanakkale – a 20 quilômetros das ruínas – este foi o usado no recente filme “Tróia”, e depois presenteado por Hollywood à cidade.

 

Urfa

Sanliurfa, mais conhecida como Urfa, é a capital da Província de Sanliurfa. Localizada no sul da Anatólia, a cidade possui um importante papel na história dos cristãos. Segundo a Bíblia e o Alcorão, teria sido a terra natal do profeta Abraão e onde os primeiros cristãos puderam exercitar a sua religião. Na foto abaixo podemos ver a mesquita que foi construída no local onde acredita-se Abraão nasceu.

Com um grande número de vestígios da história antiga, o reúne lembranças em uma linda e eclética arquitetura, resultado da transformação de templos pagãos em sinagogas, sinagogas em igrejas e igrejas em mesquitas. Para se ter uma ideia, no centro da cidade podem ser encontradas 36 mesquitas.

 

Monte Nemrut

O Monte Nemrut – Nemrut Dag para os turcos – possui um pôr do sol espetacular. Está localizado na Anatólia, região sudoeste da Turquia. Classificado como Patrimônio Histórico da Humanidade desde 1987, abriga ruínas do sepultamento da família real do Rei Antíoco I, do Estado Helenístico de Comagena.

Localizado entre o rio Eufrates e os Montes Tauros, a 2.260 metros de altitude, Monte Nemrut foi o centro do Império de Comagena. Segundo a história, o Rei Antíoco no auge de seu reinado (aproximadamente 60 a. C.) mandou construir um santuário funerário com estátuas gigantes que representavam o próprio rei ao lado de deuses mitológicos como Zeus, Apolo e Hércules. A construção o imortalizou como imperador e tinha a proposta de ser um presente para as futuras gerações, bem como agradecer aos deuses e aos seus antepassados por sua proteção.